Nao sei se parta, se fique
da morte nao espero nada
vou mas e fazer-me a estrada
andar co'a vida ao despique
e sobretudo no Entrudo
manter a cara lavada
a cantar a desgarrada
a cavalo numa espiga
Se assim quiser a cantiga
e bailar e fazer pose
no prato do arroz-doce
pr'alegrar a madrugada
vou mas e fazer-me a estrada
da morte nao espero nada
Nao sei se entenderam bem
nao e uma brincadeira
a historia se e verdadeira
da sempre aquilo que tem
a fantasia escondida
de qualquer coisa perdida
nao sei se fico, se vou
eu ja nem sei onde estou
Com tanta hora de estrada
eu ja nem sei estar parada
e se ouco um assobio
continuo mas sorrio
vou mas e fazer-me a estrada
da morte nao espero nada
Nao sei quem veio acudir
ouco contar uma historia
com voz de pai ou de mae
ao pe de mim esta alguem
e nunca e a fingir
quando estou quase a dormir
Chegado o tempo das magas
com as luzes apagadas
eu olho o mundo daqui
e que lindo que ele e
que ao ve-lo eu sinto ate
que ja morria por ti
vou mas e fazer-me a estrada
da morte nao espero nada.
| 1 | Pouco Tempo |
| 2 | Beijo-De-Moca |
| 3 | O Fado Que Me Traga |
| 4 | Parolagem Da Vida |
| 5 | Viver Junto De Ti |
| 6 | Vou Trair A Solidao |
| 7 | Se Tu Viesses |
| 8 | Roseiral |
| 9 | Condicao |
| 10 | Quatro Caminhos |