Nao tenho nem vergonha nem pudores
Da lagrima sincera que me embarga
E sal de que alimento os meus amores
E rio que afoga a pena mais amarga.
Num mar que e de revolta e de calmia
Navega assim a vida em todos nos
Porque fugir a dor e a nostalgia
Sao ondas descobrindo a nossa voz.
Nao quero este silencio que me corta
Que enfrento de sentidos acordados
Nao quero a indiferenca, a alma morta
As quais assim andamos condenados.
Nao quero ser o drama insatisfeito
De quem nao esteve ali p?ra nao sofrer
Morrer por algo, ainda que imperfeito
E tudo quanto basta ao meu viver.
Nao tenho ainda o medo de acordar
Mas sinto ja a pressa dos mortais
Que sonham ser eternos ao amar
E temem nao ter tempo de dar mais.
| 1 | O Mar Fala De Ti |
| 2 | Foi Deus |
| 3 | Tinta Verde |
| 4 | O Sol Chama Por Mim |
| 5 | Bendito Fado, Bendita Gente |
| 6 | Talvez Se Chame Saudade |
| 7 | Milonga Do Chiado |
| 8 | Esta Voz Que Me Atravessa |
| 9 | Ai Do Vento |
| 10 | Sem Limite |