O cara que catava papelao pediu
Um pingado quente, em maus lencois, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
A margem de toda rua, sem identificacao, sei nao
Um homem de pedra, de po, de pe no chao
De pe na cova, sem vocacao, sem conviccao
A margem de toda candura
A margem de toda candura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelao
O cara que catava papelao pediu
Um pingado quente, em maus lencois, a sos
Nem farda, sem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
A margem de toda candura
A margem de toda candura
Nao habita, se habitua
Nao habita, se habitua
Um homem de pedra, de po, de pe no chao
| 1 | Xaneu N?5 |
| 2 | O Anjo Mais Velho |
| 3 | A Fe Soluvel |
| 4 | Sina Nossa |
| 5 | Separo |
| 6 | Pratododia |
| 7 | Criado-Mudo |
| 8 | A Pedra Mais Alta |
| 9 | Eu Nao Sou Chico Mas Quero Tentar |
| 10 | Palavra |