Leão! Leão! Leão! Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna
Leão! Leão! Leão! Foi Deus quem te fez ou não
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
O salto do tigre é rápido
Como o raio, mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte
Pois bem, se ele vê o leão
> Foge como um furacão
Leão! Leão! Leão! Es o rei da criação
Leão! Leão! Leão! Foi Deus quem te fez ou não
Leão se esgueirando à espera
Da passagem de outra fera
Vem um tigre, como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo
Quando se cansam, o leão
> Mata um com cada mão
| 1 | Mensagem à Poesia |
| 2 | Soneto Do Amor Maior |
| 3 | A Porta |
| 4 | Canto De Xangô |
| 5 | Cotidiano Nº. 2 |
| 6 | Água de Beber |
| 7 | Canto De Pedra Preta |
| 8 | A Hora Íntima |
| 9 | Soneto Da Fidelidade |
| 10 | Brigas Nunca Mais |