De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
| 1 | Mensagem à Poesia |
| 2 | Soneto Do Amor Maior |
| 3 | A Porta |
| 4 | Cotidiano Nº. 2 |
| 5 | Água de Beber |
| 6 | Canto De Xangô |
| 7 | Canto De Pedra Preta |
| 8 | A Hora Íntima |
| 9 | Soneto Da Fidelidade |
| 10 | Brigas Nunca Mais |