Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
extático da aurora.
1 | Mensagem à Poesia |
2 | A Hora Íntima |
3 | Cotidiano Nº. 2 |
4 | Água de Beber |
5 | A Corujinha |
6 | A Terra Prometida |
7 | Canto De Xangô |
8 | Conjugação Da Ausente |
9 | Brigas Nunca Mais |
10 | Carta Ao Tom |