Geme o restolho triste e solitВrio
A embalar a noite escura e fria
E a perder-se no olhar da ventania
O canto ao tom do velho campanВrio
Geme o restolho preso de saudade
Esquecido, enlouquecido, dominado
Escondido entre as sombras do montado
Sem forЪas e sem cЖr e sem vontade
Geme o restolho a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mВgoa enorme intensa aguda
Mas К preciso morrer e nascer de novo
Semear no pХ e voltar a colher
HВ que ser trigo depois ser restolho
HВ que penar p'rВ aprender a viver
E a vida nЗo К existir sem mais
A vida nЗo К dia sim dia nЗo
к feita em cada entrega alucinada
P'ra receber daquilo que aumenta o coraЪЗo
| 1 | Cada lugar teu |
| 2 | Uma Gota |
| 3 | Rasto Do Sol |
| 4 | Llovizna |
| 5 | Pressinto |
| 6 | Uma Noite Para Comemorar |
| 7 | Fragilidade |
| 8 | Ouve-Se O Mar |
| 9 | Entre Achados E Perdidos |
| 10 | Una Casa |