Dos laivos brancos que ha no ceu pra enfeitar
Descendo a fruta ja madura do pomar
E arrufando nas varandas
Asas negras como as trancas
Das meninas que a janela se vao pentear
Ha campos verdes onde cresce o malmequer
Branco, amarelo com o bico o vai colher
E voltando pras varandas
Com a flor enfeita as trancas
Das meninas que a janela se vao recolher
Um sol de Marco
Um vento fresco
E o canto alegre de fazer o ninho nos beirais
Um campo verde
Um sol aceso
E as meninas de outros tempos com seus aventais
De telha em telha saltitando sem voar
No espaco aberto agitando o seu cantar
Trazem cor para as varandas
Trazem lacos para as trancas
Das meninas que a janela se vao encantar
O sol demora no calor que faz dormir
O canto e lento e lindo e calma a descobrir
E as meninas nas varandas
Os cabelos ja sem trancas
Debrucadas para os lacos que viram cair
Um sol de Marco
Um vento fresco
E o canto alegre de fazer o ninho nos beirais
Um campo verde
Um sol aceso
E as meninas de outros tempos com seus aventais
Um sol de Marco
Um vento fresco
E o canto alegre de fazer o ninho nos beirais
1 | Cada lugar teu |
2 | Restolho |
3 | Uma Gota |
4 | Rasto Do Sol |
5 | Llovizna |
6 | Pressinto |
7 | Uma Noite Para Comemorar |
8 | Fragilidade |
9 | Ouve-Se O Mar |
10 | Entre Achados E Perdidos |