Chamaram-me ovelha negra
Por não aceitar a regra
De ser coisa em vez de ser
Rasguei o manto de mito
E pedi mais infinito
Na urgência de viver
Caminhei vales e rios
Passei fomes passei frios
Bebi água dos meus olhos
Comi raízes de dor
Doeu-me o corpo de amor
Em leitos feitos escolhos
Cansei as mãos e os braços
Em negativos abraços
De que a alma esteve ausente
Do sangue das minhas veias
Ofereci taças bem cheias
Á sede de toda a gente
Arranquei com os meus dedos
Migalhas de grão, segredos
Da terra escassa de pão
Mas foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu
Num corpo feito razão
1 | Lágrima |
2 | I Girasoli |
3 | Ach?gate A Mim Maruxa |
4 | Canção do Mar |
5 | Tirioni |
6 | Ai Solidom |
7 | Fado-Mae |
8 | Cancao Do Mar |
9 | Lela |
10 | O Que For, Ha-De Ser (Ar) |